eu estava naquelas ruas pequenas que acabam no vale, que dão na República, que nunca acabam; do céu pintado caia aquela chuva insistente mas trapaceira - não molho nem paro. andei até a Santa Ifigênia com aquela insistência: tentar esquecer é insistir em lembrar.
ainda na Sé, eu pensava - o que serei se esquecer? sem a tragédia, sobra a dissonância soando errada numa peça sem harmonia. eu fico só e meu nome.
lembro constantemente da memória que preciso apagar. não como efeito colateral, ou impossibilidade, ou paradoxo; é o objetivo escondido nas frestas. fingimos querer esquecer a modo de nos lembrarmos constantemente - eu piso no vazio com a surpresa da obviedade.
viro a Nothmann. almoço. sem onde, volto.
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