domingo, 29 de março de 2015
terça-feira, 24 de março de 2015
domingo, 22 de março de 2015
quarta-feira, 18 de março de 2015
Penso, logo escrevo
penso, logo não escrevo - pensamento, machadinha do escrever (do meu, dos outros não digo pois não sei). oras, se faço uma pausa, é por quê penso se escrevo bem ou mal, se alguém lê e chora ou ri ou nada: mas isso lá não é comigo, escreve que é tua sina escritor!
e é tanto pra escrever: eu abro as notícias (feed de, que jornal não leio), a tela pisca em desespero e só de bravura desço mais, desço até os infernos de três horas atrás. AINDA MORRO DE CONGRESSO penso eu, e se tem coisa que me cai mal hoje em dia é, sem dúvida, coxinha: dessas banhadas em óleo. dá até pra ensaiar o pensamento - "ô época difícil pra ser brasileiro" - mas aí cê pensa, "e lá teve época fácil pra brasileiro?" sei lá, sei lá.
não bastasse a bateção de panela no duplex - e a faculdade? que faculdade o que ô! tô vendo ainda, resolvi viver, meu gap year, a vida é curta, tô trabalhando, vou viajar... esperar até os 50, quem sabe lá eu descubro que rumo tomar. AH! quem dera eu fosse um Magalhães descobridor de mares - estou mais para aspirante a turista em Orlando. não há mais mares a desbravar. não há ilhas a descobrir. toma teu chapéu de mickey filho, segue na fila.
e aqueles planos de se mudar pro japão hein? precisava de matemática. tocar piano? muito dedo. fiquei de escrever mesmo. quem foi que disse que bom escritor não vive grandes aventuras? avisem-me, procurarei matá-lx. verdade verdadeira, até pro amor a coisa anda na base do impeachment. quem destituiu aquele romântico inveterado e botou este ditador sonolento no poder? baixou o decreto da solidão compulsória. no fundo quer legalizar aquelas mensagens fofas, mas até agora de abertura democrática só anistiar aquelas músicas que deixam borocoxô.
serão tudo trevas? sei lá, sei lá. escrevo por que preciso. se penso, não escrevo. escrever é minha arma - e há muito o que escrever.
terça-feira, 17 de março de 2015
domingo, 15 de março de 2015
domingo, 8 de março de 2015
O silêncio da casa
o tempo parou
pra ver tua respiração
pesada
foi assim
súbito - tremendo - negro
pedra jogada
na água
depois passou como sempre
irreversível
sobre o silêncio da casa
mudado
sexta-feira, 6 de março de 2015
Morning
I groan to the morning
: stop
splitting my eyelids
it yet insist
on lifting my body
by expanding my ribs
as I inhale birds
and exhale dreams
Recados e avisos
o poema disfarça
tudo aquilo
que quer ser dito
tapa-sexo
da mensagem
verdadeira
não se enganem pois - o poema é portanto
tudo aquilo que o poeta pensa
quarta-feira, 4 de março de 2015
Invada este casulo
invada este casulo
faça dele
morada
troque as plantas
da sacada
espalhe quadros
na sala
eu já não moro aqui
invada este casulo
preencha-o
de madrugada
eu moro logo ali
ao largo
do nada
segunda-feira, 2 de março de 2015
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