quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Ladybug


 na esquina da livraria
 confesso como as mãos abertas

 aquela bonita
 aquela lotada
 aquela do café
 da espera infinita

 na esquina da livraria
 irremediável como vaso trincado

 aquela do abraço
 aquela do sorriso
 aquela sempre
 calçada de sonhos íntimos

 aquela do perfume
 aquela da avenida
 aquela onde deixa levar embora
 o irreal - e ficamos com a vida

 uma joaninha dúvida
 subir garganta adentro
 pelos meandros secos
 da declamada poesia.

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