na esquina da livraria
confesso como as mãos abertas
aquela bonita
aquela lotada
aquela do café
da espera infinita
na esquina da livraria
irremediável como vaso trincado
aquela do abraço
aquela do sorriso
aquela sempre
calçada de sonhos íntimos
aquela do perfume
aquela da avenida
aquela onde deixa levar embora
o irreal - e ficamos com a vida
uma joaninha dúvida
subir garganta adentro
pelos meandros secos
da declamada poesia.
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