sábado, 4 de junho de 2016

Sétimo poema em falso


 outra vez nos deitamos
 porém sem que visse
 afastei os pelos do teu peito
 quando já era alta noite e corriam ambulâncias nas avenidas e eu não dormia
 assim rescindia vinho e pele do teu hálito
 da tua face mais escura; onde eu não via
 afastei os pelos do teu peito te descobrindo

 o espelho me olhou de volta
 você acordou de sobressalto
 um salto na bruma dum lago
 que a água nunca toca

 

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