Soube que, também antes de
desaparecer, Ana decidiu morar numa caixa de fósforos com seu noivo, quando já
grande no amor mas descobriu que ainda era pequena por fora. Todo domingo ele
acendia um fósforo, a luz a ofuscava. Um dia porém sem fósforos ele a acendeu e
ela o ofuscou, sorrindo, era verdade então que no amor não era só grande mas
era luz, luz que não pode ser grande mas pode ser forte, que se espalha – Ana
se espalhou por ele e fugiu da caixa num brilho no escuro, e se dissipou na
noite. Mas ela ainda não havia sumido por completo.
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