segunda-feira, 1 de julho de 2013

Abril, intempérie


 pausas criam
        asas

 fragmentos de palavras
 vigiando silêncios

 é inútil o esforço
 em construir o discurso
 de mudar o curso

 dizer belezas - leva ao nada sonho estrela rio nuvem
 afinal duas árvores próximas em silêncio mal se percebem
 barcos que num porto qualquer se ignoram
 e uma praia, que, sem notícias, some nas marés

 _ abril é a intempérie que nos rouba de nós
    frio seco do qual não se pode regressar.


 (abril 2013)

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