domingo, 15 de setembro de 2013

(...)


 percorre

 senta-se na sala sem pedir licença

 revoa

 no peito. nos olhos. entre escarpas
 senta-se na mesa feito familiar

 atenta

 tenho os sonos todos tranquilo
 e os acorda. a alma feito criança
 de colo. perturba-a. revoa-a.

 sabe

 meus olhos são profundos como
 a profundidade dos campos. vê
 limpos como os desertos. repisa
 pegadas de mentira. amedronta
 se soube-se a rota das nuvens

 mas só conhece os meios dos homens!

 acredita-se matéria
 mas é só um campo de girassóis
 inocentes

 engana-se

 os dias nublados são dias de Sol disfarçados!

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