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domingo, 16 de abril de 2017

Oitavo poema em falso


 ipiranga com são luis
 rendez-vous, cruz inversa
 pixos meio apagados e luz
 amarela, eixo de carros
 e o ar que preenche a voz

 postes para se encostar
 nesse esboço de praça
 desse  esboço homem
 em plena confusão, abracei
 você e saímos ´
 pra onde não sei.

 pra lembrança do que resta
 e o ar que preenche a voz

 ipiranga com são luis
 rendez-vous e seus meios
 pixos apagados e refeitos
 toda narrativa só termina pra quem lê
 desse esboço de história
desse esboço de homem
 fica a intenção, abracei você
 e saí

 todavia
 hoje é fixo. no sinal fechado
 não cruzamos.
 o copan estático; no vento
 costumava tremular.








domingo, 28 de abril de 2013

Segundo poema em falso


 sei que o dia
 é uma longa, longa fita

 uma foto embaçada

 que esse sol tão tímido
 é em parte meu, medo e sombra

 manto de nuvens

 o dia sincero
 descortina a peça

 meus olhos abertos

 traços de alguém
 secados em mim

 pintado em cores
 que foram embora ...

Sexto poema em falso


 a rua arma uma neblina
 no liso dos velhos
 paralelepípedos.

 já não é mais verão faz tempo

 hoje cheguei cedo e acompanhei a manhã gelada
 a mata coberta de branco orvalho
 e olha, até achei que fosse geada.

 nada é em presença de ninguém.
 tudo está tão só
 um pássaro canta outono e eu só ouço
 invernar ...

Quinto poema em falso


 abrindo as cortinas, despertei

 pela janela aberta entram perguntas
 pássaros barulhentos

 que ao correr de dias, respondi

 então partiram
 em migração

 para outras rotas
 num outro coração


Quarto poema em falso


 se o dia lá fora morreu
 a culpa é minha

 o buraco de bala varreu o céu

 eu apertei o gatilho

 horizonte é onde vemos. não há horizonte
 quando os olhos veem além.

Primeiro poema em falso


 a manhã bem cedo
 se olha no espelho!

 roxas manchas
 graves, espalham-se

 passa sombra azul
 pra esconde-las

 a manhã bem cedo
 pega o ônibus comigo. tão bonita manhã

 dela ninguém lembra, sem recados
 sem mensagens. só

 ela queria ser de alguém
 a minha manhã. bem cedo.

 mal se olha no espelho!

Terceiro poema em falso


            sinto um cheiro no cômodo.
        enquanto desperto

            um cheiro que permeia a manhã e sonora.

 num abraço vago passado,
            como uma corrente
           (as sobras do sonho) de ar.

            sei sua razão.
 e ela está em silêncio
                      morta

 mas não quero dizê-la!
           dizer é despertar
           dessa morte isenta ...

 a mente repleta. soa. sonora.
  desisto de sonhos e quimeras

           (entretanto
            ninguém verá o que aconteceu).