terça-feira, 23 de abril de 2013

Uma carta


_ tudo bem com você? espero que sim. estou sobrevoando um rio e ao meu lado, uma nesga de nuvem cobre um rosto, estou cansando dessa vida tão excitante! meus porta retratos estão tão vazios e isso me torna tão feliz ...

 (não ... tudo está tão vago - venho soletrando palavras desconhecidas - tomei solidão no café da manhã entende? mas era hora de sair também, e ser homem, e ser mais, e escrever outra história comum entre histórias comuns na história comum. amanhã eu sou outro e você, estranho no espelho, a onda que vaga e bate na proa, lembrança cor melancolia)

 _ ... parabéns por apagar odes e odes e ódios. são coisas que passam batidas. eu mantenho meus porta retratos vazios, mantenha os seus, a morfina da ilusão corre veias e vias de regras. mas sem pensamento demais, sem filosofia, deixe isso pros teóricos ...

  (como ... se todas as caminhadas me levam a mim ... não me elevam a nada ... e a leveza me foge como um pena que dança quadrilha no céu. e se o motor da vida não fossem os porta retratos que precisam de rostos que encaram e movem, encaram e movem ... e se não há fotografia que nos prove nem em memória)

_ ... você será tão feliz assim, como eu também persisto, Deus luta fé destino objetivos caminho. ninguém precisa de poemas. só é preciso Deus luta fé destino caminho e nunca pensar, jamais pensar, em hipótese alguma. beijos, pasárgada. a ursa maior mandou lembranças, risos!

 (queimo outra resposta mas espero que cheguem em segurança as cinzas ... e que elas respondam o que as palavras não contêm - ps.: estou bem)

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