domingo, 9 de junho de 2013

Para que as palavras sejam abrigo


 eu queria aquelas flores menores
 brancas vermelhas

 aquelas
 que crescem na inconsciência

 todas
 que ornavam os atos

 mortas
 aos pés dos santos

 desejava-as como peças
 suas pétalas

 seus passos
 ombros. silenciosos ermos
 de vida. isolados.

 eu querias as flores menores
 detalhes brancos vermelhos
 mas era desejar o etéreo
 e, de ato em ato, parti-me
 de cena em cena, para não mais.

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